Para meu desgosto, que teimava em não
acreditar que coisas assim existissem vim a saber por uma colega, sobre
uma doença, que por alguns é conhecida como “
doença rara dos vampiros”,
e é uma doença real, chama-se porfiria: Porfirias são um grupo de
distúrbios herdados ou adquiridos que se manifestam através de problemas
na pele e/ou com complicações neurológicas (certas pessoas fantasiam
essas complicações neurológicas como “
sede por sangue”). Os
pacientes tendem a ter um canino mais acentuado e urina escurecida pela
perda de substâncias sangüíneas. Muitas famílias nobres acometidas pela
doença (que é hereditária) acabavam compensando a perda de sangue
bebendo o sangue dos animais de seus matadouros (hoje existem outros
tratamentos para normalizar as enzimas sangüíneas).

As
porfirias eritropoiéticas afetam primariamente a pele, levando a
fotossensibilidade, bolhas, necrose da pele e gengivas, prurido e edema.
Em algumas formas de porfiria, o acúmulo de precursores do heme
excretados pela urina podem mudar sua cor, após exposição ao sol, para
um vermelho ou marrom escuros, ocasionalmente até um tom de púrpura.
Também pode haver acúmulo dos precursores nos dentes e unhas, levando-os
a adquirir uma coloração avermelhada.
O termo porfiria deriva da palavra grega
πορφύρα,
porphura,
significando “pigmento roxo”, que é uma referência à coloração
arroxeada dos fluidos corporais dos pacientes durante um ataque.
Quanto ao mito, deve-se a “porfiria cutânea tarda
“ que
apresenta-se clinicamente como uma hipersensibilidade da pele à luz,
levando à formação de lesões, cicatrização e desfiguração. A anemia, a
pele clara e a sensibilidade à luz são características do mito do
vampiro, enquanto que desfigurações em casos mais avançados,
acompanhados de distúrbios mentais
e aumento da pilificação
(crescimento de pêlos) em áreas como a fronte, poderiam ter levado ao
surgimento consecutivo do mito do lobisomem.
Os ataque da doença podem ser desencadeados por drogas (como
barbitúricos, álcool, drogas, sulfa, contraceptivo oral, sedativos e
certos antibióticos), outros agentes químicos e certos alimentos. O
jejum também pode desencadear os ataques, pela queda na glicemia.
Observa-se então que os vampiros
existem, mas como é uma doença, não são imortais, nem tem super força.
Mas que mal há em criar seres que povoem nossa criatividade, nos alegre,
e nesse mundo de aborrecida rotina e imaginação limitada, leve mais
além nossos sonhos…
Mas de onde surgiu a lenda?
No ano de 1431 nasceu
Vlad III voivoda da Valáquia. O termo
voivoda
signifaca, príncipe, conde ou governador, em romeno. Vlad III se tornou
famoso por seu sadismo, era respeitado pelos seus cidadãos por sua
ferocidade contra os turcos. Fora da Romênia, o voivoda é conhecido por
suas atrocidades contra seus inimigos. Alguns sustentam que essas
atrocidades teriam inspirado o escritor
Bram Stoker a criar seu famoso personagem, o
Conde do romance
Drácula.
O voivoda tinha o hábito de empalar seus inimigos, atravessando-os com
uma estaca de madeira. Os números de mortos chegariam a dezenas de
milhares. Por causa disso, Vlad III ganhou ainda outro nome: Vlad Tepes (
Tsepesh), “
O Empalador“.
Empalamento é uma técnica de tortura e execução antiga que consistia em
espetar uma estaca através do ânus até a boca do condenado, para levá-lo
à morte, deixando um carvão em brasa na ponta da estaca para que,
quando esta atingisse a boca, o supliciado não morresse até algumas
horas depois,

de
hemorragia. Usava-se também cravar a estaca no abdômen. Essa técnica
figurou, no direito canônico e germânico, como uma das sanções penais
por infanticídio. Também foi utilizada no Brasil pelo cangaceiro
Virgulino Ferreira da Silva, vulgo “Lampião”.
O pai de Vlad III, Vlad II era Cavaleiro da Ordem do Dragão, uma ordem
religiosa criada pelo Imperador romeno Segismundo, no ano de 1431 contra
o expansionismo islâmico na Europa. Na língua romena, o sufixo “ea”
indica um filho. Sendo assim, Vlad III, sendo filho de Vlad Dracul (de
dragão em romeno), passou a ser chamado “Draculea”, ou seja “Filho do
Dragão”.
Por outro lado, à medida em que se conhecia o talento do jovem Vlad para
torturar, o seu nome chegou a ser interpretado como o “Filho do Diabo”.
Em 1447 Vlad II foi assassinado, e em 1456, Vlad Tepes retornou à região
e retomou controle das terras, assumindo novamente o trono de Valáquia.
Esse retorno tardio de Vlad III teria confundido os moradores da
região, que pensaram ser Vlad II retornando anos depois de sua morte.
Isso teria ajudado a criar a lenda de sua imortalidade.
Segundo pesquisas, comprova-se que houve situações em que Tepes mandava
empalar famílias inteiras, e usava seus principais métodos de tortura
contra os soldados de seus inimigos.
Outra situação conta que mensageiros de Mehmed II foram à corte de
Tepes. O mesmo ordenou que eles tirassem seus turbantes. Contudo eles se
recusaram em refêrencia ao respeito de sua cultura. Com isso, Tepes
ordenou que pregassem os turbantes nas cabeças dos mensageiros.
Em outra situação Tepes ordenou que fossem empalados 200 estudantes que foram à Valáquia apenas para aprimorar o idioma.
Essas são provas de como a crueldade acabou fazendo dele o símbolo dos vampiros.
E por quê a Transilvânia?

A
Transilvânia é o nome atual do território romeno onde viveu Vlad III, conseqüentemente, a região é a “
Meca dos vampiros“.
Os morcegos, coitados, foram introduzidos depois associados com o hábto
de sugar o sangue, mas sabemos que os morcegos hematófagos na verdade
são minoria…
Agora, existem vários termos referentes a
vampiros, criados depois disso, como “vampiros energético”, que não tem
nada a ver com sangue, e outros mais relacionados a ao ato de tomar
algo de alguém…
A imaginação dos seres humanos é uma
coisa que realmente ultrapassa tudo, observe os textos que são
encontrados pela internet, pra você que gosta do assunto vale a pena
ler:
Para assistir recomendo
True Blood , é uma série de Vampiros, muito interessante.